segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Planejamento – o que eu quero ser quando crescer em 2012.

O objetivo é cumprir as metas.

Ao final de cada ano muitos planos são feitos, metas são traçadas e as esperanças se renovam (bonito isso, não?).
Pois bem. Nessa época do ano é sempre muito fácil fazer promessas, seja ela profissional ou pessoal. Alguns prometem parar de fumar, de beber, outros prometem mudar de emprego, abrir seu negócio, viajar, estudar e por aí vai. É um sentimento parecido com o que temos no final de semana, onde sempre pensamos: “- ah, na segunda-feira eu faço isso”.

Até aqui, nenhuma novidade. O problema é que isso se repete a cada ano, e na maioria dos casos os planos são sempre os mesmos. Poucos são capazes de planejar o próximo ano, correr atrás da execução e assim, atingir seus objetivos.

Uma vez ouvi uma frase – pena que desconheço o autor – que se tornou quase que um dogma em minha vida: “Quem planeja, às vezes erra; quem não planeja, às vezes acerta”.
É a mais pura verdade.

A frase acima foi recentemente reforçada por uma outra, de autoria do publicitário Duda Mendonça: “Não importa que a meta não seja alcançável. O que importa é que ela exista. Que fique lá, balizando a vida...”. 

É por isso que nesse final de ano vou traçar meus objetivos para 2012. E mais: vou buscá-los com todas as minhas forças. Pode ser que ao final do próximo ano eu tenha que repensar tudo aquilo que era objetivo, porém, não vou deixar de buscá-los.

E você? Já pensou no que vai fazer no próximo ano? Ou melhor, já pensou em como vai fazer isso? Ainda dá tempo. É por isso que estou publicando esse post com antecedência. De lambuja, é um ano bissexto, ou seja, você terá um dia a mais para fazer isso.

Ótimo final de ano e ótimo 2012.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

MAIS DO MESMO

Anúncios clichês não despertam a atenção e apenas são veiculados em lugares diferentes.

Toda as segundas-feiras já está incluso em minha rotina a leitura da revista Veja e do jornal Propmark.
Um veículo nada tem a ver com o outro, mas é muito interessante ver a linha de comunicação publicitária adotada em ambos.
A revista Veja é praticamente um semanário da propaganda brasileira. Nessa semana, nada menos que 108 páginas da revista trazem algum tipo de publicidade, sendo em grande maioria anúncios de página dupla. A revista tem 184 páginas. Porém, o que mais me chamou atenção, é que, das 55 primeiras páginas, em 51 delas há anúncio.
Estarrecido com esses números, logo pensei quais anúncios mais me chamaram a atenção. Sabe quantos eu lembrei de cara? Nenhum. Talvez eu não seja o target da maioria dos produtos ali anunciados.
Fiquei curioso e fui ver o Propmark, editorial voltado inteiramente para o mercado publicitário e seus anunciantes. Nele, a maioria dos anúncios me chamou a atenção. Nesse caso também pode ser que eu esteja inserido entre o target das marcas ali presentes. Destaque para o anúncio da Young para Gustavo Gaion no Caboré, do prêmio Marketing Best, com o case Neymar Jr. e, que ironia, um da revista Veja, “anuncião” de página dupla. Também fiquei intrigado com o anúncio da venda de um Triplex, pela bagatela de 3,3 milhões. Mas isso, deixa pra lá.
Uma vez numa palestra, ouvi a seguinte frase: “Pegue seu layout final. Encubra a logomarca de seu cliente. Veja se aquele anúncio poderia servir pra outro produto ou outra marca. Se sim, jogue-o fora e comece de novo. Ele não é bom.” Não me lembro o nome da palestrante, mas se a maioria dos diretores de criação fizesse isso, não teríamos mais do mesmo. Faça esse teste com os anúncios de automóveis que você vê na Veja.
A publicidade tem feito mais do mesmo. Sempre layout parecidos, com frases similares, com filtros exagerados no Photoshop.
Falta emoção, falta criatividade, falta tesão.
Agora, por que a diferença criativa num veículo de massa e num veículo segmentado?

Estariam os publicitários mais criativos quando devem falar com outros publicitários?

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Criatividade - o tamanho faz diferença?

A criatividade é o bem mais valioso que um publicitário possui.  A ideia, proveniente da criatividade, é o que difere as campanhas brilhantes das campanhas aceitáveis ou meia boca. Alguns podem discordar, mas no meu ponto de vista, sem uma boa ideia não existe publicidade vendedora. Um ideia genial pode fazer sucesso, mesmo com uma produção medíocre, uma mídia fraca, com um planejamento confuso. Ela sempre será uma ideia genial

Como curioso que sou, vivo olhando e analisando a criatividade alheia. Uma coisa que me chama muito a atenção é: “- por que a maioria das grandes ideias são de grandes agências. Será que as pequenas não tem criatividade?

Sou um defensor de que as grandes marcas e as grandes agências deveriam buscar atuações mais próximas dos consumidores em mercados regionais. Acredito que, quanto mais próximo você está de seus diferentes mercados, mais fácil fica identificar o comportamento de seus clientes e ainda mais fácil passa ser se comunicar com ele. É isso que a internet e as redes sociais estão proporcionando. Estão aproximando as empresas das pessoas. No mundo offline isso ainda não acontece.

Não consigo acreditar que uma agência de São Paulo, por mais pesquisa que faça, consiga entender tão bem o mercado do interior como as agências nele inseridas.

Porém, a dúvida inicial volta. Como as grandes marcas podem entregar parte da conta a pequenas agências? Como essas agências são vistas por esses anunciantes?

Muitos festivais de publicidade acontecem por todo o mundo. Os ganhadores são praticamente os mesmos, todos os anos. Quantas agências pequenas você conhece que já conquistou um leão em Cannes, ou então um lápis One Show, ou em qualquer grande festival? Juro que tento me lembrar, mas não me vem nada na cabeça. Ficamos restritos a prêmios regionais. Quantos publicitários do interior são premiados pela APP, Meio & Mensagem, etc? Pois é.

Acredito que isso se dá por muitos fatores, mas os que se apresentam mais claros são, falta de bons profissionais nos mercados menores (valorização, vitrine, oportunidades), entendidas de classe que realmente façam algo por esses mercados, e falta de investimentos de grandes anunciantes no interior.
Estou lendo o livro “Ogilvy Inédito”, que apresenta listas, palestras, notas, cartas e outros. Ogilvy foi um publicitário genial, e suas reflexões estimulam nosso senso crítico.
Ele nos mostra muitos caminhos que deveriam ser seguidos, independente do tamanho da agência. Entre esses ensinamentos, na maioria das vezes é tratada a criatividade.
Uma das frases marcantes, retirada de um memorando enviado aos diretores, é: “Quero que todas as nossas agências criem campanhas que sejam melhores que as dos outros em posicionamento, promessa e idéias brilhantes”

Aí faço uma pergunta, onde me incluo nela: “- Será que pensamos em fazer algo melhor que os outros, ou nos contentamos em fazer o nosso e pronto?”
Mas vamos voltar no assunto.

Por que a criatividade das pequenas agências não aparece? Será que o tamanho realmente faz a diferença?
Acredito que muitas pequenas agências têm boas ideias, que podem não ser vistas por não possuírem cliente a altura dessas ideias.

Eugênio Mohallen em entrevista ao programa Reclame diz que uma agência boa com clientes ruins em sua maioria terá campanhas ruins, já uma agência mediana com bons clientes pode fazer boas campanhas.
Concordo com ele. Talvez essa seja uma boa resposta, mas longe de ser a única. Aquele velho chavão publicitário ainda funciona: “quem não é visto não é lembrado”. As vezes sinto que essas respostas são usadas como desculpas.

A criatividade não depende do tamanho da agência, porém, depende da capacidade criativa de seus funcionários e dos clientes atendidos por ela.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Storytelling - uma velha nova ferramenta de comunicação a serviço da publicidade.

Que o modo de fazer publicidade está mudando ninguém duvida. O discurso de que devemos nos reinventar a cada dia fica mais evidente, e o momento é de novas descobertas, tentativas, erros e acertos.
Pelo que acompanho nos veículos publicitários, até mesmo os grandes players estão no processo tentativa/erro.

Estimulados também a buscar novas soluções algumas agências e anunciantes têm dado atenção ao Storytelling e Transmídia.

Storytelling pode ser considerada uma ferramenta de contar histórias, de compartilhar conhecimento.

Já o termo Transmídia está relacionado ao fato de se transportar a informação para diferentes plataformas de comunicação.

Resumindo, é uma forma de contar história em diferentes locais. Essa história pode ser linear, ou trazer diferentes novidades, de acordo com a plataforma.

Se olharmos o conceito das palavras, veremos que nenhuma delas é nova. Pelo contrário. O ato de contar história vem desde os primórdios da comunicação. A utilização de diferentes plataformas também é utilizada há muito tempo, porém, se intensificou com as múltiplas plataformas digitais que conhecemos agora.

A junção dessas duas ferramentas possibilitada a agências e marcas entrar num mundo totalmente novo. Possibilita que as marcas criem histórias e levem-nas para seus públicos nos locais onde eles estão. A público passa a fazer parte daquela ação, dando-a maior atenção do que uma simples peça publicitária ou até mesmo uma campanha.
Contar histórias é envolver o emocional das pessoas, prender a atenção, causar ansiedade para novos acontecimentos.
Isso certamente é o sonho dos comunicadores: falar de forma única com seu público, no lugar certo, quando ele está disposto a receber sua comunicação. As pessoas passam a aceitar sua comunicação, se sentem parte dela e cultuam sua marca.

A publicidade, por melhor que seja, não consegue envolver tantas reações.

O segredo é: unir a publicidade e histórias, contadas em diferentes formatos.
A era da comunicação sempre existiu, o que está diferente é a forma com que isso acontece. 

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A Publicidade está ficando chata, culpa nossa!

Como publicitário e entusiasta das boas idéias, estou muito triste e preocupado com os rumos que a propaganda vem tomando.
A cada dia que passa ela está ficando mais chata, mais pragmática e politicamente correta.
Está perdendo a essência. Se fizer um comparativo com o futebol, a publicidade está parecendo a seleção do Dunga. Tudo muito focado no resultado e nada de emoção, entretenimento, diversão.
Isso está acontecendo muito por culpa nossa. Sim, amigo, único leitor. Somos os principais responsáveis por isso. Tudo nos surpreende, julgamos tudo ofensivo. Hoje em dia tudo é Bullying, Preconceito, Homofobia, blá blá blá. Não se pode fazer nada engraçado que pronto, lá vem os doutores da sabedoria politicamente chata pra cacete arrumar algum pretexto para criticar. Alguns até encontram novas categorias de ofensa. É um fenômeno.
Exemplo disso são algumas denúncias que o CONAR têm recebido. Desculpe o palavrão, mas “puta que o pariu”, o que têm demais a campanha da Hope com a Gisele? Recebeu muitas críticas, foi denunciado por diversas ONG’s que não servem pra nada, etc.
Não pode isso, não pode aquilo, isso degrada as mulheres, os negros, os gays, as crianças, os idosos.  Ah, que chatice.
Com isso as campanhas passam a ser analisada com outros olhos, os pelos nos ovos aparecem e tudo fica sem graça.
Desculpem o desabafo, mas quero rir com as publicidades, sem peso na consciência.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Alguns erros que podem ser acertos. Ou erros mesmo!



Estava eu essa semana me cobrando de uma atualização no blog, mesmo sabendo que apenas eu e mais umas 2 pessoas no máximo, lêem. Matutando um tema, sem ideias, me deparo com uma notícia que me caiu do céu e me deu esse tema.

O título da notícia é:
Pepsi subestima promoção que dá produto em dobro e passa vexame
Campanha deste fim de semana oferecia produto em dobro, mas, sem estoque, varejistas chegam a dar Coca extra para acalmar clientes


http://economia.ig.com.br/empresas/pepsi+subestima+promocao+que+da+produto+em+dobro+e+passa+vexame/n1597203883863.html

Veja o vídeo da campanha:
http://www.youtube.com/watch?v=OEQn0T5Yal0


Como estou terminando o MBA em Marketing, logo fui analisar todas as variáveis possíveis, de acordo com os ensinamentos dos mestres rs.

Prontamente me questionei: -“Caramba, como uma marca como a Pepsi pode ter dado uma vaza dessas?”
-“Com diretores ganhando centena de milhares de reais por ano, como pode subestimar a campanha publicitária e não ter estoque para suprir a demanda?”


Li alguns comentários nas diversas redes sociais a qual faço parte, e pude constatar que, a grande maioria acusa a Pepsi de erro gravíssimo.

Bem, veja a frase: “Em cada supermercado, o Pão de Açúcar procurou uma forma de compensar os clientes. Eles chegaram a distribuir refrigerante da rival Coca-Cola em dobro. “

Esse parágrafo do texto me chamou a atenção, e pensei: “Espera aí, será que isso é um erro de logística ou a Pepsi fez isso, como diria minha avó, de caso pensado”?

A Pepsi recentemente lançou uma grandiosa campanha publicitária fazendo trocadilho com a tradicional frase nos Ponto de Venda e Pontos de Consumo: “Não tem Coca, pode ser Pepsi?” (Aliás, muito corajosa a campanha. Assumir dessa forma a inferioridade perante a concorrência é muito difícil)

http://www.youtube.com/watch?v=i48n_mT43r0

Com o “erro” de logística da empresa, a frase se inverteu, e em diversos PDVs espalhados por todo o Brasil a pergunta foi “Não tem Pepsi, pode ser Coca Cola?”

Essa ação está mais para uma ousada estratégia de marketing do que um erro. Quase uma ação de guerrilha.

Se a estratégia foi essa mesmo, se foi um erro ou não, isso eu não sei, mas que essa teoria da conspiração que pensei podia ser verdade, a isso podia.

A campanha também serviu para mostrar que o poder que as mídias de massa ainda possuem. Dificilmente uma campanha como essa na internet ou nas redes sociais geraria todo esse buzz.

Se foi um erro, prejuízo para a marca. Se foi um acerto, parabéns, estratégia brilhante, que se um mero publicitário como eu se tornasse diretor de marketing, certamente iria propor.

Como não tenho nada com isso mesmo, tira minhas conclusões solitárias e aprendo um pouquinho com isso.
A briga é grande de mais. Vamos aguardar o desfecho.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Os ilusionistas da internet!


Há tempo, magos, gurus, papas e outros termos são usados para descrever fodásticos autores de teorias mirabolantes sobre marketing. Agora isso está acontecendo com a internet e as redes sociais. Basta o cara sair com uma visão nova sobre algum tema velho que é tratado como "o cara". 

Isso tem acontecido e muito com a publicidade digital, principalmente nessas duas plataformas citadas acima. Quantas pessoas que se auto-intitulam experts em facebook, adwords, twitter, SEO... você conhece?
Eu conheço pelo menos umas 15.

O que acho mais engraçado, ou melhor, estranho, é que muito do que se pregava a uns 5 ou 6 anos atrás de para onde as agências deviam ir, simplesmente, como num passe de mágica, foi abafado. Como um truque de ilusionismo os executivos deixaram de analisar o bendito do ROI, outro termo tão eloquente, dito em praticamente todas as apresentações de campanha.

Tenho percebido que a apresentação ROI passou a ser ilusória.
Como questionamento vou usar a tão viralizada campanha dos "Pôneis Malditos", da Nissan.  
Essa campanha ganhou um destaque absurdo nas timelines publicitárias nas últimas semanas. Era pôneis malditos para todos os lados. Diversas paródias foram criadas utilizando o meigo jingle. 
Como não tenho acesso aos dados da campanha, vou fazer minha análise baseada no que pude constatar. Nada científico, apenas "curiosístico".

Fiquei curioso com o ROI que essa campanha iria gerar para a marca e para a agência.

Segundos dados divulgados na rede, a campanha alcançou índices consideráveis de visualização, de retuítes, de links, e muito mais. Apenas o vídeo oficial atingiu mais de 11 milhões de visualizações no Youtube. Um tremendo sucesso, certo? 
Não sei. Depende dos KPIs analisados.

Resolvi fazer uma pesquisa própria, com potenciais compradores da picape da Nissan. Tive uma surpresa com o resultado. Após 2 semanas de tremendo bafafá na internet, perguntei para alguns amigos sobre a campanha e... mais de 65% não tinham visto ou não sabiam do que se tratava a história dos pôneis malditos.
Pensei: "Ué, com todo mundo comentando a campanha, meu Twitter bombando, como pode esses caras não terem visto isso? Ô povo desatualizado das redes sociais"
Opa, pera aí! Será mesmo que o público que tem bala na agulha pra investir R$108 mil, em média, numa Frontier, foi atingido pela campanha? 
Fiquei na dúvida.

Quando vejo apresentações de cases nas diversas palestras, seminários, etc que participo, que o ROI é sempre apresentado através de RTs, clicks, page views, unique visitors, blá blá blá mas não vejo efetivamente o retorno gerado, como, aumento de vendas, aumento de interesse,  market share, etc. 

Não estou questionando o que foi gerado como share of mind, CLTV, etc. Penso apenas na eficácia da campanha para o target do produto.

Os clientes, com razão, têm uma tremenda preocupação de onde seu dinheirinho vai ser investido, porém, se contentam com dados superficiais de retorno sobre o investimento.
Talvez isso aconteça, pois, sempre foi difícil mensurar o que dá ou não resultado. Acostumamos. A zona de conformo é mais segura. Quanto mais ferramentas de mensuração, pior. Fica mais difícil de analisar.
Portanto, pra quem se contenta com isso, bora fazer um abra cadabra e bola pra frente.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Ideia - está na hora de termos uma.

Como um leitor de assuntos diversos e nenhuns ao mesmo tempo, tenho perdido algum tempo nos últimos dias pra analisar o que alguns estão vociferando sobre a criatividade publicitária e sobre a ideia.

Pela minha humilde e desavisada percepção, pude concluir alguns fatos que não são novos, porém são verdadeiros.

A ideia pela ideia é + valiosa do que super, mega, blaster produções e cachês milionários para sub, pseudos celebridades.

Recentemente vi uma entrevista com o Eugênio Mohallen, que já até citei num post anterior, que me estimulou a refletir sobre a "Ideia".
Depois, li alguns artigos em blogs. E por último, vi a entrevista do W Olivetto ao programa Roda Viva, da TV Cultura, ao qual gravei e só assisti essa semana.

Com esse material todo de pitacos, pude notar uma coisa: "A ideia é a essência da Propaganda".

Concordo que muitas vezes a ideia pode ser genial, porém, se a execução for ruim a ideia vai por água abaixo. Porém, sem ela, não há execução que dê jeito. 

Olhando as principais revistas semanais e os principais canais de TV aberta, o que vejo, é um monte de propaganda sem nenhuma ideia, com um monte de celebridades (pseudos, sub). Como disse Mohallem "contratar uma celebridade se isentar da responsabilidade da campanha, é ir pelo caminho mais curto" (mais ou menos assim).

Como disse W: "hoje temos Cerebridades x Celebridades"

Aquela história de que as mídias offline estão perdendo a força, muitas vezes, é impulsionada pela falta de grandes ideias ao qual estamos passando.

Pelas inúmeras possibilidades de produção, deixamos de fazer o básico: "ter ideias". Há tempos a propaganda deixou de seduzir. Estamos maquiando um monte de lixo com super produções. 
A cada dia o controle remoto se tornou um inimigo mais poderoso.


Senhores publicitários de egos super inflados, está na hora de termos ideias de como ter novamente grandes ideias.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Cliente - o dono da bola!

Sabe quando você era moleque e aquele seu amigo, o pior do time, era dono da bola e quando não o escolhiam  o danado ameaçava ir embora e levar a bola? Pois é, os clientes também são assim.

Recentemente uma notícia tomou conta dos noticiários do meio publicitário, onde o Festival de Cannes tirou 2 leões conquistados pela Moma, agência Brasileira que ganhou prata em Press e bronze em Outdoor, em campanha para a Kia. O problema aconteceu quando a mesma campanha foi acusada de incentivar a pedofilia.
Se não viu a buzz acompanhe a repercussão do caso:

http://www.canneslions.com/

http://www.meioemensagem.com.br/home/comunicacao/noticias/20010721Cannes-confisca-dois-Le-es-da-Moma.html

http://www.meioemensagem.com.br/home/meio_e_mensagem/brazil_briefing/news/20110722Brazil-ads-prompt-Cannes-to-apply-punishment-rule-for-the-first-time.html


Ainda durante o festival a Kia se posicionou contra a campanha, e alegou não ter aprovado a veiculação das peças, devido a buzz gerado. Isso fez com que o comitê do festival levantasse a dúvida sobre a veiculação da campanha, pré requisito básico para a participação. Logo após o festival, o comitê resolver pedir para que a agência comprovasse a veiculação da peça, o que não aconteceu. Estranho não? Também achei.
A agência é calejada na participação de festivais, e acredito que não daria uma vaza dessas.
A Moma resolveu abrir mão da defesa, ou seja, concordou em perder os leões, e ainda, fez com que os indicados na ficha técnica perdessem o direito de participar do festival nos próximos dois anos.

A princípio, parecia que a agência tinha feito uma campanha fantasma, com objetivo  único e simples de tentar ganhar um leãozinho no famoso festival. Porém, analisando as notícias, a nota divulgada pela Moma (veja link abaixo) e a repercussão no mercado, vi o caso com outros olhos.

http://exame.abril.com.br/marketing/noticias/moma-se-posiciona-sobre-perda-de-leoes

A agência não quis entrar em atrito com o dono da bola, e resolveu chamar a responsabilidade para si, ficando com a culpa pela história.

Isso me leva a uma reflexão: " - As agências estão reféns dos anunciantes? Para não perder uma conta vale tanto sacrifício? Vale queimar, mesmo que momentaneamente, a marca em favor do faturamento?

Poucos dias após o caso a Moma ganhou a conta nacional da Harley Davidson Brasil. Isso responde minha pergunta? Mostra que a agência podia ter batido o pé, bancado a veiculação em prol do seu nome, já que tem capacidade de sobre da conquistar novos clientes e equilibrar o faturamento novamente?

Na minha simples análise, o dono da bola resolveu levá-la embora, e o resto da molecada ficou chupando o dedo. Nem deu a chace de jogar a bola pelo muro, mesmo sob juras de "se furar a gente paga".

Até a próxima.

terça-feira, 12 de julho de 2011

O paradoxo das redes sociais - cada vez mais evidente.

A cada dia vejo que as redes sociais tornam as pessoas mais controversas. Não importa qual seja, Facebook, Twitter, Google+, Orkut, o confusão está armada.

Vejo muita gente usando o termo "orkutizou" como sinônimo de banalização. Até pouco tempo atrás esta era uma rede extremamente social e sociável. Porém, de um tempo pra cá, parece que ter um perfil no Orkut denigre contra a imagem da pessoa. Há um orgulho coletivo em dizer: "- Orkut? Não, encerrei meu perfil". A vibe, pelo menos até a semana passada, é estar no "Face". Nos últimos dias pessoas correm desesperadamente para conseguir um convite para o badalado Google+, que já alcançou 10 milhões de usuários mesmo com a limitação inicial de convites. Quando antes conseguir mais vip você é. Quem conseguiu esbanja, quem não conseguiu tenta de todas as formas ser incluso na rede.

É aí que entra meu raciocínio. O que a grande maioria das pessoas busca quando entra numa rede social? Na minha visão, as pessoas querem se relacionar, trocar ideias e experiências umas com as outras, mostrar o quão interessante são. O negócio é se tornar popular. Quanto mais seguidores, pessoas no círculo, na comunidade, vendo seu checking, comentando suas fotos, replicando seus posts, melhor.
Mas espera aí! Se o objetivo é ter contatos, ser popular, por que a exclusividade é algo tão desejado?


Sinceramente, acho uma besteira essa história de que o Orkut já não está na moda, que o barato é estar no Face, blá blá blá, principalmente vindo de profissionais de comunicação e marketing.
Para os que analisam os números, o Orkut está longe de perder sua força, pelo menos no Brasil. Uma importante parcela dos internautas passam por ele, e suas comunidades ainda são a melhor maneira de reunir interessados num motivo comum. É uma miopia gigante ignorar essa ferramenta.

Como profissional de planejamento e mídia me vejo obrigado a entender as redes sociais (quanto mais melhor), e principalmente, o ser humano. Alias, qualquer plataforma só funciona quando o foco são os usuários.

As redes sociais são paradoxais. As pessoas querem ter muitos amigos, mas, quanto mais exclusivo melhor.

Vai entender né?

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Quanto mais ferramentas disponíveis, pior.

Sei que o papo é clichê mas a cada dia o volume de informações aumentam e assustam. A cada dia temos mais ferramentas disponíveis para fazer a mesma coisa que fazíamos a anos atrás. Uma questão é: - com esse mundarél de possibilidades estamos fazendo melhor? Estamos aproveitando tudo isso em nosso favor?

O que me levou a escrever esse artigo é que, ultimamente tenho percebido que as pessoas pensam em fazer muitas coisas mas deixam de fazer o básico bem feito, principalmente no que se diz a atendimento do cliente. Sei que esse é um assunto espinhoso, já que cada um julga o atendimento de sua maneira, cada marca tenta tangibilizar do seu jeito.

A internet e mais recentemente as redes sociais possibilitaram uma comunicação de forma nunca vista na história desse pais (desculpa, mas não resisti rs). As marcas tem dado voz ao consumidor, tem tentado se relacionar com ele, etc. Mas e daí? Isso é o mínimo. A quanto tempo você ouve falar em CRM, marketing de relacionamento?
O que mais me assusta é que a grande maioria não consegue fazer, ou então, não dão atenção a isso.
O pior é que, ao invés de fazer uma coisa bem feita, tem feito várias mal feitas ou no máximo "meia-boca", com raras excessões.

Na minha modesta opinião as marcas devem repensar seus conceitos. Se você se propõe a oferecer um relacionamento legítimo com seu cliente, então faça isso bem feito.
Não adianta ter SAC, twitter, facebook e outros. São só plataformas, e as pessoas não se importam com isso. As tecnologias mudam a todo momento, as formas de contato a mesma coisa.

O que eu, e os outros consumidores pretendem é apenas respeito. Esperamos apenas sermos atendidos.

E você, o que acha?
Até a próxima.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Balanço Cannes - A publicidade Brasileira está ficando velha?


Após ler diversos comentários nos mais variados editoriais, como Meio & Mensagem, Propmark, Próxxima sobre o festival de Cannes pude perceber uma tendência que me fez pensar muito no assunto para escrever esse post. Na verdade, uma preocupação.

Cannes mostrou 2 lados da publicidade Brasileira.
Lado A - Esse ano batemos nossos recordes em Leões, com 68, e tivémos mais uma vez uma agência eleita "Agencia do Ano", prêmio esse conquistado pela brilhante AlmapBBDO, do supra-sumo Marcelo Serpa.
Isso é ótimo, pois mantém o país entre as potências criativas.

Lado B - A maioria dos leões conquistados são em categorias que já dominávamos, como Press. Ficamos devendo, e muito, nas categorias baseadas na nova realidade que estamos vivendo, como Cyber, Creative, Integrated e Titanium.

Isso mostra que perdemos/estamos perdendo o bonde da internet e das redes sociais? Pelo jeito, sim.


Um relato interessante foi o do Pyr Marcondes, Publisher e Diretor Geral da Plataforma ProXXIma, que afirma se sentir envergonhado com o desempenho das agências brazucas.

Outra coisa que me chamou a atenção foi o registrado gap entre os jovens e os atuais líderes. Segundo notícias, não há lideranças destacadas entre os jovens, sendo os com mais de 40 anos a maioria na Croisette.

A tão badalada geração não está sendo o que se esperava dela, pelo menos na propaganda. Não chegamos nem perto do brilhantismo de Serpas, Olivettos e outros.
Para amenizar, isso mostra uma enorme lacuna que os jovens podem/devem aproveitar, e se tornar os líderes que o mercado busca.
Aquela velha história que diz que, pra fazer web 2.0, 3.0, não se pode ter pensamento 1.0 se mostra atual.

Precisamos evoluir muito rapidamente, ou perderemos definitivamente o bonde. Queremos tocar o lado A ou o lado B da história?
Pelo que parece, estamos ficando velhos em todos os sentidos.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Marketing Esportivo - Estamos num bom caminho


Aproveitando a efervescência do mundo futebol com o Tri Campeonato da Libertadores pelo Santos FC, aproveito para fazer uma análise sobre o marketing esportivo em terras tupiniquins.

A muito, talvez desde sempre, estamos entre os melhores do planeta quando o assunto é futebol. Temos jogadores incríveis, uma seleção que sempre põe medo nos adversários, temos o maior jogador de todos os tempos, torcidas apaixonadas e por aí vai, porém, quando analisamos o que aproveitamos disso tudo, estamos muito atrás.


Os clubes vivem endividados, tendo que vender seus principais jogadores para tentar equilibrar os cofres, antecipam verbas de TV, etc.
Porém, a alguns anos surgiu uma luz no fim do túnel, e essa vem crescendo a cada ano.

Parece que os clubes enxergaram a possibilidade de ganhar dinheiro com a paixão de seus torcedores. Isso me parece tão simples, mas os clubes tinham total dificuldade de entender e fazer isso.

Merecem destaque nesse novo cenário Corinthians, São Paulo, Flamengo, Internacional e Santos.

O time gaúcho é o que arrecada mais com sócios do clube, que passam dos cem mil. O Flamengo, mesmo que de forma desordenada, aproveita o fato de ter a maior torcida do Brasil para estar sempre em evidência. Trazer Ronaldinho Gaúcho parecia uma boa, mas seus números não chegam nem perto dos números conseguidos pelo Corinthians com Ronaldo. Alias, falando em Corinthians, a campanha feita pela F/Nazca para a Nike, a República Popular do Corinthians é simplesmente brilhante. Não consigo entender como não ganhou leão em Cannes. A marca Corinthians foi avaliada como uma das mais valiosas no último ano. Trazer Ronaldo foi jogada de mestre.
O São Paulo realiza diferentes ações que fizeram sua torcida aumentar e muito na última década.

O atual campeão da libertadores está usando a talentosa safra para ganhar e muito com isso. O time da baixada usa, de forma eficaz, as mais populares redes sociais, como Twitter, Facebook, Flickr, etc, além do canal de TV, no Youtubem que mostra os bastidores das partidas, treinos, coletivas, entre outros.
Seu facebook é o que tem maior número de fãs entre os clubes Brasileiros. A recente campanha #marbranco gerou muita média espontânea e serviu para engajar ainda mais a torcida rumo ao título.
Outro fato importante é que o clube é um dos poucos a conseguir segurar suas jovens estrelas no futebol nacional. Neymar e PH Ganso, destaque também na seleção, ajudam o negócio, trazendo patrocínios e visibilidade ao campeonatos em que disputam.

Me parece que a profissionalização dos departamento de marketing, juntamente com o de futebol, contribuiu e muito para que os clubes deixassem apenas de ser clubes, e passassem a ser marca. Os presidentes passaram a enxergar os clubes como empresas e o futebol como negócio.

Espero que um dia sejamos os primeiros também nos negócios.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Cannes Lions - um estímulo as grandes ideias.


Está rolando nessa semana o principal evento de publicidade e propaganda, o Cannes Lions.
O evento tem como objetivo premiar as melhores ideias e uso dos diferentes meios de comunicação.

O evento é tão badalado que algumas agências gastam centenas de milhares de dólares para inscrever suas peças nas 13 categorias em disputa, peças reais ou fantasmas. Mas não vou eu falar novamente sobre peças fantasmas, já fiz isso no último post.

As agência dessa terra tupiniquim figuram entre as que sempre levam prêmios. Agências com AlmapBBDO e DM9 já tiveram o prazer de ocupar o topo como agências do ano, aquelas que atingem maior pontuação na somatória geral.

Como todo festival, alguns são contra, dizem que só serve para aumentar ainda mais o ego dos criativos. Eu, porém, sou totalmente a favor dos festivais. Na minha modesta opinião, faz com que todos pensem na qualidade final do trabalho, seja para o bem do anunciante ou da agência, e estimula o mercado num todo.
Os anunciantes querem as agências que ganham prêmios, para estar em evidência, os profissionais querem trabalhar nessas agências e as agências ganham mais dinheiro e prestígio com isso.

Acho até que esse estímulo podia ser desenvolvido também em mercados regionais. É claro que agências do interior dos Estados não tem a possibilidade de inscrever centenas de peças no Cannes Lions, no Clio, no El Ojo, porém, boas ideias são encontradas em qualquer lugar.
Isso fortaleceria os mercados menores e dariam visibilidade a agências e profissionais.

Bom, é ficar de olho no que vai rolar.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Criação Publicitária - Estamos perdendo a essência?


Sou sempre um entusiasta quando o assunto é criação publicitária. Tudo que envolve esse mundo me excita. Posso perder horas e horas vendo referências criativas, de todas as partes do globo.

Porém, uma coisa anda me chamando muito a atenção: "as grandes ideias e o diferencial criativo estão cada vez mais raros".
 Esse dias me peguei entusiasmado com uma campanha, que não tinha nada de brilhante. O melhor era a execução e não a ideia.

Como planner sou muito chato quando o assunto é ROI, porém, as vezes esse pensamento mata ideias brilhantes antes mesmo do amadurecimento. Os brainstorms estão cada vez mais burocráticos, sem graça, preocupados demais. Até as criações fantasmas, aquelas que só servem para ganhar prêmios, estão em fase de extinção. Apenas para deixar claro, sou contra essa prática.

Em uma entrevista recente no programa Reclame, no Multishow, o Eugênio Mohallen falou uma frase que resumi isso: "Os comerciais Brasileiros estão uma cópia Paraguaia dos comerciais Argentinos... Parece que há uma necessidade de não mostrar que somos Brasileiros."
No início a frase causou um choque, porém, tem grande chance de ser verdade.


Estamos perdendo a sedução? As campanhas já não são mais apaixonantes como antes. Muitos podem pensar que isso é devido as redes sociais, internet, blá, blá, blá, mas não acredito nisso. Na minha modesta opinião essas novas ferramentas deviam estimular o potencial criativo, e não o contrário.

Estamos perdendo a "brasilidade". Aquela propaganda criativa dos anos 80 está indo para o banco de reservas. Assim como o futebol arte das épocas de ouro foi substituído pelo futebol da força física e falta de talento.

Temos que reagir, urgente. A essência da publicidade e da propaganda precisa ser resgatada. Precisamos voltar a encantar, despertar interesses, trazer retorno para os anunciantes e principalmente emocionar os clientes.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Social Media Brasil 2011 – O que vi, o que absorvi?




Aconteceu nos últimos dias 3 e 4 no Fecomércio em SP o Social Media Brasil, evento que reuniu profissionais de todo o pais para tratar do assunto que está na boca dos clientes: Redes Sociais.

Na minha modesta análise, algumas palestras e painéis deixaram a desejar, porém, alguns me surpreenderam.

Vou fazer uma análise baseada no que assisti e nas opiniões que colhi durante os dois dias.
1º dia

O primeiro dia começou bacana, com o painel de “Como transmidia pode ser social media”. O debate foi interessante, principalmente depois da abertura para perguntas. Maurício Mota (Os alquimistas) foi mais enfático no tema, e proporcionou algumas reflexões:
- “Para se fazer Transmidia é necessário ter desapego. Divida a paternidade”
- “Storytelling e Brand Entertainment têm o poder de criar cultura”
- “Quem faz a convergência são as pessoas, não as plataformas”.

Marcelo Páscoa da DM9 foi enfático ao afirmar que a história de que as pessoas não têm tempo é “balela”. As histórias é que são mal contadas.

Pausa para o coffee. Muito bom.

A segunda palestra foi do Marcelo Salgado, sobre SAC 2.0 Na verdade foi mais uma apresentação de case, sobre o perfil do @alobradesco, porém, vale o comentário da estratégia de integrar vários perfis e utilizam apenas 1 para responder.

O painel “Estão Falando mal da sua marca, e daí?”, discutido entre o Maurício Vargas do Reclame Aqui e Renato Vertemate do Boticário, gerava maiores expectativas, mesmo assim, foi bacana. As principais reflexões foram:
- Se a empresa tiver um bom conteúdo o Reclame Aqui não aparecerá na 1ª página do Google. As reclamações não serão tão relevantes como seu conteúdo.
- Se o nome do seu site aparece abaixo do Reclame Aqui na busca orgânica, alguma coisa está errada. Seu SEO não está funcionando.
- Não tenha o foco na retirada da página do Reclame Aqui. Tenha foco na resolução do problema de seu cliente.
- O problema deve ser resolvido independentemente do local/canal em que houve a falha. É o nome da marca que está em jogo.

O painel “Redes Sociais na prática”, do Flávio Pripas foi o mais decepcionante do evento. 50 minutos de entrevista com 4 convidadas. Mais nada.

Pausa para almoço. Corridinha até a Av. Paulista caçar um lugar para comer. Corridinha de volta ao evento.

A palestra da Patrícia Teixeira sobre “Gestão e Gerenciamento de Crise nas Redes Sociais” foi bacana. Mostrou como se comportar e como perceber os riscos. Não perceber que seu negócio possui um risco é um erro grave.

Bruno Tozzini e Philippe Bertrand, ambos DM9, falaram sobre Social Content. Uma pegada leve e descontraída deram um tom bacana a apresentação. Ao final, na abertura para perguntas, todos tentaram desmontar a dupla sobre o case da Brastemp, mas eles se saíram bem.

O painel sobre “Cuidados Jurídicos nas redes sociais” contou com especialistas e foi bem esclarecedor. A cartilha do Dr. Leandro Bissoli pode ser um rápido guia de consulta.

O painel “Como o mundo se torna mais social com as redes sociais”, moderado pelo Gil Giardelli não passou de uma apresentação de cases, pensamentos e tentativas de questionamentos.

Para fechar o dia, o gringo Ruben Quinones abordou a fundo as possibilidades de utilização de uma fan page no Facebook. Ele mostrou diversas maneiras de aproveitar bem a interação entre marcas e usuários.

Conclusão sobre o primeiro dia: foi legal, mas podia ser melhor. Por causa do tempo as palestras/painéis foram muito corridas, não possibilidade a imersão nos temas propostos.


2º dia

O segundo dia começou com um pequeno desencontro pela alteração do cronograma dos painéis. Nada que gerasse maior stress, mas deixou alguns descontentes que perderam o painel sobre Métricas em S.M. moderado pelo Solon Brochado. Os principais pontos abordados foram ferramentas e estratégias de como fazer.

Pausa para o coffee, mas uma vez, muito bom.

A segunda palestra do dia foi do Pablo Augusto, do Link Building, falando sobre como as redes sociais podem auxiliar no posicionamento no Google. A palestra foi excelente. Esclareceu diversas dúvidas sobre SEO nas mídias sociais. Muitos participantes devem rever seus conceitos e estratégias na R.S.

Em seguido teve o painel de Social Games. A grande reflexão foi que, os S.G. possibilitaram a entrada de pessoas que não jogavam na cultura dos games. Esses jogos não necessitam de imersão nem grandes conhecimentos. São ótimas ferramentas para passar o tempo.

A última palestra antes do almoço foi da Juliana Lima. Apesar do “jabá” para a Zappos, a abordagem foi bacana e tirou muitos risos dos presentes.

Pausa para o rango.

A tarde começou com Gustavo Jreige falando sobre criatividade sem os criativos de sempre. Abordou alguns temas interessantes, porém focou demais em dados conhecidos da grande maioria.

A palestra do Estevão Soares foi a que mais gerou buzz. Ele tinha muitas, mais muitas informações sobre Métricas e KPIs. Pena que o tempo foi curto para mostrar tudo, tornando a apresentação muito corrida. 50 minutos de palestra renderão pelo menos umas duas semanas de pesquisa.

O indiano Dhaval Chadha saiu do padrão e levou uma abordagem totalmente diferente de tudo o que foi mostrado no evento, através da palestra Inovação Evolutiva para a Web.

Para fechar o evento, palestra com a Flourish Klink, falando sobre Transmidia. A moça é expert no assunto e mostrou o processo criativo e analítico para gerar entretenimento.


Conclusão sobre o segundo dia: o segundo dia, com certeza, foi melhor que o primeiro. As palestras/painéis foram mais técnicas.

Conclusão das conclusões: Fazer Social Media é muito mais que gerar conteúdo e se relacionar com internautas.

É isso aí. Essa é minha modesta opinião sobre o SMBR2011. Quer ler mais opiniões? Utilize a hashtag #smbr2011

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Planejamento x Criação - um fortalecimento que gera resultado

Acabo de ler no jornal Propmark dessa semana (30/5 a 5/6/11) um nota sobre a agência Pepper. O texto cita que a agência contratou um profissional de planejamento para fortalecer a criação. Após ler o título fiquei curioso e li a nota toda. Planner fortalecendo a criação? Como assim?
Após a leitura tive a nítida sensação de que é um processo natural. Todas as agências, independente de sua auto denominação, deveriam pensar dessa forma. Porém, alguns minutinhos depois pensei: "Se é um processo natural, por que é tão difícil que isso aconteça".
Faço parte da realidade das pequenas agências do interior (se comparado com as grandes da capital), e muita coisa que sôa naturalmente nos grandes centros, no interior tira-nos da zona de conforto.
Após analise cheguei a simples conclusão que, em grande parte trabalhamos com jobs ao invés de campanhas. A correria, prazos mais que apertados e verbas cada vez mais curtas fazem com que o operacional seja colocado sempre a frente. Dessa forma o planejamento fica relegado a segundo plano. Os profissionais de planejamento pouco interferem no processo criativo, deixando de contribuir, e muito, para o bom resultado final da campanha.
Talvez esteja aí um dos gaps entre as grandes campanhas e as simplesmente satisfatórias.

Ficou curioso para ler a nota? Veja no Propmark: http://bit.ly/ir9lLm

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Começando do começo.

Bem Vindo ao Botequim Publicitário. Com ele pretendo dar pitacos sobre tudo, inclusive, claro, no mercado publicitário. Não levem tão a sério as coisas escritas nesse blog. Ele serve apenas para relaxar e praticar o prazer de escrever. Ou melhor, sequenciar um monte de palavras buscando alguma coerência.
É isso aí. Boa leitura, se conseguir!