segunda-feira, 6 de junho de 2011

Social Media Brasil 2011 – O que vi, o que absorvi?




Aconteceu nos últimos dias 3 e 4 no Fecomércio em SP o Social Media Brasil, evento que reuniu profissionais de todo o pais para tratar do assunto que está na boca dos clientes: Redes Sociais.

Na minha modesta análise, algumas palestras e painéis deixaram a desejar, porém, alguns me surpreenderam.

Vou fazer uma análise baseada no que assisti e nas opiniões que colhi durante os dois dias.
1º dia

O primeiro dia começou bacana, com o painel de “Como transmidia pode ser social media”. O debate foi interessante, principalmente depois da abertura para perguntas. Maurício Mota (Os alquimistas) foi mais enfático no tema, e proporcionou algumas reflexões:
- “Para se fazer Transmidia é necessário ter desapego. Divida a paternidade”
- “Storytelling e Brand Entertainment têm o poder de criar cultura”
- “Quem faz a convergência são as pessoas, não as plataformas”.

Marcelo Páscoa da DM9 foi enfático ao afirmar que a história de que as pessoas não têm tempo é “balela”. As histórias é que são mal contadas.

Pausa para o coffee. Muito bom.

A segunda palestra foi do Marcelo Salgado, sobre SAC 2.0 Na verdade foi mais uma apresentação de case, sobre o perfil do @alobradesco, porém, vale o comentário da estratégia de integrar vários perfis e utilizam apenas 1 para responder.

O painel “Estão Falando mal da sua marca, e daí?”, discutido entre o Maurício Vargas do Reclame Aqui e Renato Vertemate do Boticário, gerava maiores expectativas, mesmo assim, foi bacana. As principais reflexões foram:
- Se a empresa tiver um bom conteúdo o Reclame Aqui não aparecerá na 1ª página do Google. As reclamações não serão tão relevantes como seu conteúdo.
- Se o nome do seu site aparece abaixo do Reclame Aqui na busca orgânica, alguma coisa está errada. Seu SEO não está funcionando.
- Não tenha o foco na retirada da página do Reclame Aqui. Tenha foco na resolução do problema de seu cliente.
- O problema deve ser resolvido independentemente do local/canal em que houve a falha. É o nome da marca que está em jogo.

O painel “Redes Sociais na prática”, do Flávio Pripas foi o mais decepcionante do evento. 50 minutos de entrevista com 4 convidadas. Mais nada.

Pausa para almoço. Corridinha até a Av. Paulista caçar um lugar para comer. Corridinha de volta ao evento.

A palestra da Patrícia Teixeira sobre “Gestão e Gerenciamento de Crise nas Redes Sociais” foi bacana. Mostrou como se comportar e como perceber os riscos. Não perceber que seu negócio possui um risco é um erro grave.

Bruno Tozzini e Philippe Bertrand, ambos DM9, falaram sobre Social Content. Uma pegada leve e descontraída deram um tom bacana a apresentação. Ao final, na abertura para perguntas, todos tentaram desmontar a dupla sobre o case da Brastemp, mas eles se saíram bem.

O painel sobre “Cuidados Jurídicos nas redes sociais” contou com especialistas e foi bem esclarecedor. A cartilha do Dr. Leandro Bissoli pode ser um rápido guia de consulta.

O painel “Como o mundo se torna mais social com as redes sociais”, moderado pelo Gil Giardelli não passou de uma apresentação de cases, pensamentos e tentativas de questionamentos.

Para fechar o dia, o gringo Ruben Quinones abordou a fundo as possibilidades de utilização de uma fan page no Facebook. Ele mostrou diversas maneiras de aproveitar bem a interação entre marcas e usuários.

Conclusão sobre o primeiro dia: foi legal, mas podia ser melhor. Por causa do tempo as palestras/painéis foram muito corridas, não possibilidade a imersão nos temas propostos.


2º dia

O segundo dia começou com um pequeno desencontro pela alteração do cronograma dos painéis. Nada que gerasse maior stress, mas deixou alguns descontentes que perderam o painel sobre Métricas em S.M. moderado pelo Solon Brochado. Os principais pontos abordados foram ferramentas e estratégias de como fazer.

Pausa para o coffee, mas uma vez, muito bom.

A segunda palestra do dia foi do Pablo Augusto, do Link Building, falando sobre como as redes sociais podem auxiliar no posicionamento no Google. A palestra foi excelente. Esclareceu diversas dúvidas sobre SEO nas mídias sociais. Muitos participantes devem rever seus conceitos e estratégias na R.S.

Em seguido teve o painel de Social Games. A grande reflexão foi que, os S.G. possibilitaram a entrada de pessoas que não jogavam na cultura dos games. Esses jogos não necessitam de imersão nem grandes conhecimentos. São ótimas ferramentas para passar o tempo.

A última palestra antes do almoço foi da Juliana Lima. Apesar do “jabá” para a Zappos, a abordagem foi bacana e tirou muitos risos dos presentes.

Pausa para o rango.

A tarde começou com Gustavo Jreige falando sobre criatividade sem os criativos de sempre. Abordou alguns temas interessantes, porém focou demais em dados conhecidos da grande maioria.

A palestra do Estevão Soares foi a que mais gerou buzz. Ele tinha muitas, mais muitas informações sobre Métricas e KPIs. Pena que o tempo foi curto para mostrar tudo, tornando a apresentação muito corrida. 50 minutos de palestra renderão pelo menos umas duas semanas de pesquisa.

O indiano Dhaval Chadha saiu do padrão e levou uma abordagem totalmente diferente de tudo o que foi mostrado no evento, através da palestra Inovação Evolutiva para a Web.

Para fechar o evento, palestra com a Flourish Klink, falando sobre Transmidia. A moça é expert no assunto e mostrou o processo criativo e analítico para gerar entretenimento.


Conclusão sobre o segundo dia: o segundo dia, com certeza, foi melhor que o primeiro. As palestras/painéis foram mais técnicas.

Conclusão das conclusões: Fazer Social Media é muito mais que gerar conteúdo e se relacionar com internautas.

É isso aí. Essa é minha modesta opinião sobre o SMBR2011. Quer ler mais opiniões? Utilize a hashtag #smbr2011

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