Na última semana o burburinho da internet girou em torno dos
lançamentos da Apple.
Como sempre os defensores da maçã ficaram em êxtase e os
críticos desceram a lenha nos novos Iphones e no wearable Apple Watch (ou Iwatch).
Se você espera que eu faça uma análise sobre esses produtos pode desistir da
leitura por aqui.
A questão não está no lançamento e nem na tecnologia, mas
sim no buzz que gira em torno desses eventos. Pra ser bem sincero não achei os
produtos nada de mais (assim como os críticos). Tudo bem parecido com o que
outras marcas têm feito no mercado, nos últimos anos, aliás.
Mas uma coisa é certa, tenho que concordar que a Apple sabe
fazer barulho. Lançamentos bem mais significativos não receberam nem a metade
da audiência que esse evento causou na rede. Tudo bem, não é de hoje que isso acontece, mas
justamente por isso que merece atenção.
Mesmo sem o brilho de outrora, a marca americana consegue
gerar expectativa, emoção e alvoroço, mesmo que a maioria das informações já tenham
sido divulgadas na rede, dias (e até semanas) antes do lançamento oficial.
As mídias sociais são um universo paralelo, quase que um
second life. Mesmo sem entender bulhufas as pessoas já tecem comentários, fazem
avaliações e já tiram suas conclusões sobre o produto, que nem mesmo chegou às
prateleiras.
Podcasts sobre o assunto já estão disponíveis com títulos
como, “... e o futuro dos...”. Como podemos fazer uma análise sobre o impacto
de determinado produto na sociedade mesmo sem mesmo produto ter sido testado?
A avaliação disso tudo é a necessidade latente de ser o
primeiro a falar determinado assunto, em se posicionar como suposto especialista.
Esse é o objetivo. Tentar transmitir uma imagem de referência. E é isso que a
Apple faz, mesmo lançando produtos que não oferecem nada mais do que outros já
fizerem, só que com convicção.
Sorte de Apple que sabe usar isso a seu favor. Sorte dos
atentos, que aproveitam a deixa para ganhar espaço, mesmo sem entender muito.