terça-feira, 28 de junho de 2011
Balanço Cannes - A publicidade Brasileira está ficando velha?
Após ler diversos comentários nos mais variados editoriais, como Meio & Mensagem, Propmark, Próxxima sobre o festival de Cannes pude perceber uma tendência que me fez pensar muito no assunto para escrever esse post. Na verdade, uma preocupação.
Cannes mostrou 2 lados da publicidade Brasileira.
Lado A - Esse ano batemos nossos recordes em Leões, com 68, e tivémos mais uma vez uma agência eleita "Agencia do Ano", prêmio esse conquistado pela brilhante AlmapBBDO, do supra-sumo Marcelo Serpa.
Isso é ótimo, pois mantém o país entre as potências criativas.
Lado B - A maioria dos leões conquistados são em categorias que já dominávamos, como Press. Ficamos devendo, e muito, nas categorias baseadas na nova realidade que estamos vivendo, como Cyber, Creative, Integrated e Titanium.
Isso mostra que perdemos/estamos perdendo o bonde da internet e das redes sociais? Pelo jeito, sim.
Um relato interessante foi o do Pyr Marcondes, Publisher e Diretor Geral da Plataforma ProXXIma, que afirma se sentir envergonhado com o desempenho das agências brazucas.
Outra coisa que me chamou a atenção foi o registrado gap entre os jovens e os atuais líderes. Segundo notícias, não há lideranças destacadas entre os jovens, sendo os com mais de 40 anos a maioria na Croisette.
A tão badalada geração não está sendo o que se esperava dela, pelo menos na propaganda. Não chegamos nem perto do brilhantismo de Serpas, Olivettos e outros.
Para amenizar, isso mostra uma enorme lacuna que os jovens podem/devem aproveitar, e se tornar os líderes que o mercado busca.
Aquela velha história que diz que, pra fazer web 2.0, 3.0, não se pode ter pensamento 1.0 se mostra atual.
Precisamos evoluir muito rapidamente, ou perderemos definitivamente o bonde. Queremos tocar o lado A ou o lado B da história?
Pelo que parece, estamos ficando velhos em todos os sentidos.
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