sexta-feira, 17 de junho de 2011

Criação Publicitária - Estamos perdendo a essência?


Sou sempre um entusiasta quando o assunto é criação publicitária. Tudo que envolve esse mundo me excita. Posso perder horas e horas vendo referências criativas, de todas as partes do globo.

Porém, uma coisa anda me chamando muito a atenção: "as grandes ideias e o diferencial criativo estão cada vez mais raros".
 Esse dias me peguei entusiasmado com uma campanha, que não tinha nada de brilhante. O melhor era a execução e não a ideia.

Como planner sou muito chato quando o assunto é ROI, porém, as vezes esse pensamento mata ideias brilhantes antes mesmo do amadurecimento. Os brainstorms estão cada vez mais burocráticos, sem graça, preocupados demais. Até as criações fantasmas, aquelas que só servem para ganhar prêmios, estão em fase de extinção. Apenas para deixar claro, sou contra essa prática.

Em uma entrevista recente no programa Reclame, no Multishow, o Eugênio Mohallen falou uma frase que resumi isso: "Os comerciais Brasileiros estão uma cópia Paraguaia dos comerciais Argentinos... Parece que há uma necessidade de não mostrar que somos Brasileiros."
No início a frase causou um choque, porém, tem grande chance de ser verdade.


Estamos perdendo a sedução? As campanhas já não são mais apaixonantes como antes. Muitos podem pensar que isso é devido as redes sociais, internet, blá, blá, blá, mas não acredito nisso. Na minha modesta opinião essas novas ferramentas deviam estimular o potencial criativo, e não o contrário.

Estamos perdendo a "brasilidade". Aquela propaganda criativa dos anos 80 está indo para o banco de reservas. Assim como o futebol arte das épocas de ouro foi substituído pelo futebol da força física e falta de talento.

Temos que reagir, urgente. A essência da publicidade e da propaganda precisa ser resgatada. Precisamos voltar a encantar, despertar interesses, trazer retorno para os anunciantes e principalmente emocionar os clientes.

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