terça-feira, 29 de novembro de 2011

MAIS DO MESMO

Anúncios clichês não despertam a atenção e apenas são veiculados em lugares diferentes.

Toda as segundas-feiras já está incluso em minha rotina a leitura da revista Veja e do jornal Propmark.
Um veículo nada tem a ver com o outro, mas é muito interessante ver a linha de comunicação publicitária adotada em ambos.
A revista Veja é praticamente um semanário da propaganda brasileira. Nessa semana, nada menos que 108 páginas da revista trazem algum tipo de publicidade, sendo em grande maioria anúncios de página dupla. A revista tem 184 páginas. Porém, o que mais me chamou atenção, é que, das 55 primeiras páginas, em 51 delas há anúncio.
Estarrecido com esses números, logo pensei quais anúncios mais me chamaram a atenção. Sabe quantos eu lembrei de cara? Nenhum. Talvez eu não seja o target da maioria dos produtos ali anunciados.
Fiquei curioso e fui ver o Propmark, editorial voltado inteiramente para o mercado publicitário e seus anunciantes. Nele, a maioria dos anúncios me chamou a atenção. Nesse caso também pode ser que eu esteja inserido entre o target das marcas ali presentes. Destaque para o anúncio da Young para Gustavo Gaion no Caboré, do prêmio Marketing Best, com o case Neymar Jr. e, que ironia, um da revista Veja, “anuncião” de página dupla. Também fiquei intrigado com o anúncio da venda de um Triplex, pela bagatela de 3,3 milhões. Mas isso, deixa pra lá.
Uma vez numa palestra, ouvi a seguinte frase: “Pegue seu layout final. Encubra a logomarca de seu cliente. Veja se aquele anúncio poderia servir pra outro produto ou outra marca. Se sim, jogue-o fora e comece de novo. Ele não é bom.” Não me lembro o nome da palestrante, mas se a maioria dos diretores de criação fizesse isso, não teríamos mais do mesmo. Faça esse teste com os anúncios de automóveis que você vê na Veja.
A publicidade tem feito mais do mesmo. Sempre layout parecidos, com frases similares, com filtros exagerados no Photoshop.
Falta emoção, falta criatividade, falta tesão.
Agora, por que a diferença criativa num veículo de massa e num veículo segmentado?

Estariam os publicitários mais criativos quando devem falar com outros publicitários?

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