terça-feira, 12 de julho de 2011

O paradoxo das redes sociais - cada vez mais evidente.

A cada dia vejo que as redes sociais tornam as pessoas mais controversas. Não importa qual seja, Facebook, Twitter, Google+, Orkut, o confusão está armada.

Vejo muita gente usando o termo "orkutizou" como sinônimo de banalização. Até pouco tempo atrás esta era uma rede extremamente social e sociável. Porém, de um tempo pra cá, parece que ter um perfil no Orkut denigre contra a imagem da pessoa. Há um orgulho coletivo em dizer: "- Orkut? Não, encerrei meu perfil". A vibe, pelo menos até a semana passada, é estar no "Face". Nos últimos dias pessoas correm desesperadamente para conseguir um convite para o badalado Google+, que já alcançou 10 milhões de usuários mesmo com a limitação inicial de convites. Quando antes conseguir mais vip você é. Quem conseguiu esbanja, quem não conseguiu tenta de todas as formas ser incluso na rede.

É aí que entra meu raciocínio. O que a grande maioria das pessoas busca quando entra numa rede social? Na minha visão, as pessoas querem se relacionar, trocar ideias e experiências umas com as outras, mostrar o quão interessante são. O negócio é se tornar popular. Quanto mais seguidores, pessoas no círculo, na comunidade, vendo seu checking, comentando suas fotos, replicando seus posts, melhor.
Mas espera aí! Se o objetivo é ter contatos, ser popular, por que a exclusividade é algo tão desejado?


Sinceramente, acho uma besteira essa história de que o Orkut já não está na moda, que o barato é estar no Face, blá blá blá, principalmente vindo de profissionais de comunicação e marketing.
Para os que analisam os números, o Orkut está longe de perder sua força, pelo menos no Brasil. Uma importante parcela dos internautas passam por ele, e suas comunidades ainda são a melhor maneira de reunir interessados num motivo comum. É uma miopia gigante ignorar essa ferramenta.

Como profissional de planejamento e mídia me vejo obrigado a entender as redes sociais (quanto mais melhor), e principalmente, o ser humano. Alias, qualquer plataforma só funciona quando o foco são os usuários.

As redes sociais são paradoxais. As pessoas querem ter muitos amigos, mas, quanto mais exclusivo melhor.

Vai entender né?

2 comentários:

  1. Nego vende a mãe pra ser VIP. Depois vai chorar pra quem?

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  2. Verdade. O cara quer ser "o legalzão", o badalado, popular, porém, quer ser exclusivo. Vai entender né?

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